Monitoramente de área com presença de crotalárias na Escola Desauda – Morretes.

Escola Municipal Professora Desauda Bosco da Costa Pinto Morretes – Paraná

No desenvolvimento das atividades para A Feira de Ciências Virtual anterior, a escola recebeu nesse período alunos do Curso de Licenciatura em Ciências do Campo, e uma das equipes realizou uma atividade relativa, apresentando aos alunos a planta Crotalaria juncea, numa perspectiva de mostrar aos alunos que essa planta poderia ser um fator positivo no combate ao mosquito Aedes. Nessa ocasião os alunos semearam nos arredores da escola essa planta, porém em apenas um ponto, elas desenvolveram. Diante dessa oportunidade, os alunos realizaram um levantamento de referências que relacionavam tal planta ao mosquito da dengue. Entretanto, alguns trabalhos encontrados discordam dessa hipótese, como mencionado no trabalho de WUTKE et al (2015). Foi então, que o grupo Vigilantes da Dengue na Escola, resolveu fazer o monitoramento de pontos próximos às crotalárias semeadas e outros dois pontos distantes. Realmente as crotalárias podem auxiliar no combate á dengue, pois elas podem atrair agentes polinizadores que são capazes de predar o mosquito e suas larvas? Foram produzidas nesse monitoramento 9 armadilhas; distribuídas em 3 pontos diferentes nos arredores da escola; os dados amostrados foram semanais, e foi possível coletar 26 amostragens no total. Foi possível amostrar dados de 13 coletas no período de fevereiro a março de 2018 para os 3 pontos, onde nas armadilhas não foram registradas presença de larvas e nem de mosquito adultos. Entretanto, em nossa primeira amostragem, fomos surpreendidos por entulhos que armazenavam água e estavam com aproximadamente 40 larvas de mosquito. As larvas foram coletadas, fotografadas, e os criadouros eliminados. A Direção da escola foi imediatamente avisada e providenciou a limpeza total de todo e qualquer material que pudesse acumular água no local. Até as armadilhas, que estavam devidamente identificadas, também foram retiradas e tiveram que ser substituídas em tempo. Com esse número de amostragens, obviamente é muito precoce concluir que as plantas atraem realmente a libélulas que predam o mosquito ou sua larva. Entretanto, próximo das crotalárias, nesse breve monitoramento, não foi encontrada realmente nenhuma larva e nem mosquito adulto no momento da coleta dos dados. Obviamente que esse estudo, com mais coletas e principalmente com observações e registro dos visitantes a essa planta no período de floração, poderia contribuir de forma mais relevante sobre a hipótese norteadora desse desafio. O grupo Vigilantes da Dengue na Escola, criado para esse desafio, vem de maneira simples, porém efetiva, mantendo o monitoramento e remoção dos possíveis criadouros do mosquito nos arredores de nossa escola. O trabalho continua contando com o apoio e reconhecimento da comunidade escolar.

Apresentação